No STF, general diz que barrou a Polícia Militar nos atos de 8 de Janeiro para ‘coordenar’ prisões
General Júlio Cesar de Arruda explica ao STF sua decisão de bloquear a atuação da Polícia Militar durante as manifestações de 8 de janeiro. O depoimento faz parte da investigação sobre um suposto golpe de Estado após as eleições de 2022.
General Júlio Cesar de Arruda prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023.
Ele revelou que impediu a atuação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para garantir prisões organizadas dos manifestantes bolsonaristas.
Arruda, então comandante do Exército, não permitiu a entrada da PM nos protestos, resultando nas prisões apenas no dia seguinte. Ele alegou que a operação deveria ser coordenada, contrária à ordem do ministro Alexandre de Moraes, que exigia ação imediata.
O general também mencionou ter recebido informações sobre a chegada da polícia e decidiu adotar uma abordagem planejada.
Durante o depoimento, houve embate entre Arruda e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre a ordem de prisão e a atuação da PM.
Mais quatro testemunhas foram ouvidas, todas militares, sem ligação com os fatos investigados, mas colegas de Arruda na Ajudância de Ordens da Presidência.
A Primeira Turma do STF escuta um total de 82 testemunhas na primeira ação penal relacionada ao suposto golpe, envolvendo ex-presidente Bolsonaro e ex-ministros de seu governo.
Reportagem produzida com auxílio de IA