HOME FEEDBACK

No México, primeira eleição para juízes do mundo é ameaçada por infiltração do crime organizado

Eleições judiciais no México marcam uma mudança histórica no sistema, permitindo que a população escolha seus juízes e magistrados. A reforma, porém, enfrenta críticas sobre a possibilidade de politização do Judiciário e associação com cartéis criminosos.

Histórico Eleitoral no México: No domingo, 1 de junho, o México realizará a primeira eleição global para juízes e magistrados, incluindo a Suprema Corte, em uma reforma constitucional iniciada por López Obrador e continuada por Claudia Sheinbaum.

Reforma Judicial: Este sistema transforma nomeações em escolhas populares, buscando maior democracia e combate à corrupção. Críticos alertam para o risco de poder nas mãos do governo e candidatos sem experiência.

Perfil da Eleição: Mais de 7.700 candidatos disputam cerca de 2.600 cargos. Ao contrário de eleições normais, não há financiamento público ou privado, e muitos candidatos são desconhecidos pelo eleitorado.

Expectativas de Participação: Uma pesquisa revela que 72% dos eleitores apoiam a eleição, mas apenas 23% conhecem os candidatos. A expectativa é de apenas 20% de comparecimento às urnas.

Contexto Político: A reforma visa combater a corrupção do Judiciário, mas gera preocupações sobre a independência da justiça em meio a conflitos de cartéis e manipulação política. O México ocupa a 118ª posição no Índice de Estado de Direito.

Desafios e Críticas: Especialistas alertam que a politização pode enfraquecer a independência judicial, além de abrir portas para candidatos ligados ao narcotráfico. Organizações civis identificam riscos entre os candidatos, alguns com passados questionáveis.

Sistema de Informação: A plataforma de candidatos depende das declarações deles, sem checagem independente, levantando dúvidas sobre a veracidade das informações.

Consequências: O novo modelo judicial gera temor entre investidores sobre a previsibilidade judicial. Críticos afirmam que a corrução e influência continuam como preocupações centrais.

Leia mais em estadao