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No G7, Lula critica países por gastarem mais com guerra do que com mudanças climáticas e sugere taxar alta renda

Lula critica falta de compromisso dos países ricos com o financiamento climático e destaca aumento nas despesas militares. O presidente brasileiro ressalta a importância de metas ambiciosas e da taxação de super-ricos para enfrentar os desafios ambientais.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva critica aumento das despesas militares em relação ao baixo investimento em mudanças climáticas durante o G7 em Calgary, Canadá, no dia 17 de outubro.

Lula ressaltou que a falta de vontade política dos países ricos está prejudicando o combate ao aquecimento global. Ele destacou que os US$ 100 bilhões anuais prometidos na COP15 nunca foram cumpridos e que, em 2024, houve uma redução de 7,1% na Ajuda Oficial ao Desenvolvimento.

O presidente brasileiro também mencionou poucas atualizações nas metas ambientais para a COP30 em Belém (PA), prevista para novembro de 2025, e que a dependência de combustíveis fósseis não é sustentável.

As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) são essenciais para o Acordo de Paris e, segundo Lula, "sem metas ambiciosas, não vamos impedir o aumento da temperatura". O Brasil se comprometeu a reduzir emissões entre 59% e 67% até 2035.

Lula também defendeu a taxação dos super-ricos para financiar desafios sociais e ambientais, sugerindo que uma taxa de 2% sobre o patrimônio poderia gerar US$ 250 bilhões anuais.

Por fim, Lula pediu ao G7 para apoiar países endividados e reforçar a representatividade no Banco Mundial e no FMI, além de desburocratizar o acesso a fundos climáticos.

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