No 'ateliê' da Ferrari, IA é a caixa de ferramentas para criação de carros exclusivos
Ferrari investe em inteligência artificial para personalização e eficiência na produção de carros de luxo. O foco na exclusividade e nas experiências dos clientes se alia a inovações tecnológicas para acelerar processos de design e manufatura.
Ferrari amplia investimentos em inteligência artificial e simulações virtuais para desenvolver novos modelos e personalizações.
A marca italiana produz cerca de 13,7 mil carros por ano, com cada unidade já tendo comprador definido. Clientes podem personalizar veículos em um dos quatro ateliês mundiais.
A utilização de IA visa acelerar testes virtuais e ampliar a personalização. No primeiro trimestre, a Ferrari reportou receitas de €1,536 bilhão, impulsionadas pela venda de modelos de alto valor.
Alfonso Fuggetta, diretor de Transformação Digital, afirma que a complexidade está na diferenciação e personalização dos modelos, não no volume de produção. A empresa utiliza tecnologias como gêmeos digitais e IA generativa desde o início do desenvolvimento do carro.
Modelos de IA integrados à infraestrutura digital, migrada para a nuvem da Amazon, tornaram processos mais eficientes, reduzindo em 20% o tempo de configuração e acelerando simulações em 60%.
O novo e-building, inaugurado em 2024, possui capacidade para 20 mil unidades anuais e combina tecnologia autônoma com trabalho manual. O investimento de €200 milhões visa unir eficiência e o tradicional artesanato da Ferrari.
A expectativa é que o primeiro elétrico da marca seja lançado em 2026, com foco em experiência sensorial e inovação, conforme a crescente digitalização no segmento de luxo esportivo.