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Nissan se prepara para cortar mais 11.000 empregos, segundo jornal japonês

Nissan amplia cortes de empregos a 20 mil, refletindo crise financeira e vendas fracas. Montadora enfrenta enorme dívida e desafios para reverter a queda nos lucros.

Nissan cortará mais 11.000 empregos do que o planejado anteriormente, elevando os cortes para 20.000, ou cerca de 15% da força de trabalho, devido a dificuldades financeiras.

Esse ajuste ocorre após uma queda de 94% no lucro líquido no primeiro semestre, provocada por vendas fracas nos EUA e na China. As demissões afetarão tanto o Japão quanto o exterior.

A montadora também alertou os acionistas sobre um possível prejuízo líquido de até ¥ 750 bilhões (US$ 5 bilhões) para o ano fiscal que termina em março de 2025.

A Nissan já havia anunciado a redução de 20% na capacidade de produção e cortes de empregos anteriormente planejados. A concorrência agressiva em seus mercados principais tem dificultado a recuperação.

Embora a Nissan tenha tentado formar uma nova holding com a Honda, a aliança foi encerrada devido a dificuldades de equilíbrio de poder entre as marcas.

Além de não ter uma linha forte de veículos híbridos, a Nissan enfrenta tarifas altas sobre importações de automóveis nos EUA e crescentes passivos de dívidas, que podem chegar a US$ 5,6 bilhões até 2026.

O novo CEO, Ivan Espinosa, deverá abordar especulações sobre cortes de empregos e possíveis fechamentos de fábricas na próxima divulgação dos resultados fiscais.

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