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Niomar Bittencourt: a mulher que enfrentou o Brasil

Leilão e biografia resgatam a trajetória de Niomar Moniz Sodré Bittencourt, ícone da resistência à ditadura e da arte moderna no Brasil. Reconhecida por sua luta pela liberdade e sua influência nas artes, sua história volta à tona após anos de esquecimento.

Niomar Moniz Sodré Bittencourt, ícone da resistência contra a ditadura, foi uma figura importante da arte moderna e da democracia no Brasil, apesar de ter sido esquecida.

Um leilão da Sotheby’s no dia 10 de abril e o lançamento de sua biografia nos próximos meses vão reavivar sua história.

Niomar nasceu em 1916 em Salvador e cresceu no Rio de Janeiro em uma família politicamente influente. Com a morte de sua mãe, se uniu ao pai na luta pelo voto feminino, conquistado em 1932.

Aos 15 anos, começou a escrever no Correio da Manhã e se casou aos 16 anos. Sua vida doméstica a desiludiu, e ela voltou ao jornal, onde conheceu Paulo Bittencourt. Juntos, sonhavam em transformar o Rio na capital da arte moderna.

Niomar teve um papel fundamental na criação do Museu de Arte Moderna, inaugurado em 1958, o qual se tornou um ponto central de debates culturais.

Após a morte de Paulo em 1963, Niomar assumiu a direção do jornal, transformando-o em uma voz de resistência contra a ditadura. Ela foi presa em 1969 e forçada ao exílio em Paris, onde continuou lutando pela liberdade da imprensa.

Os incêndios de 1977 e 1985 devastaram suas coleções de arte, mas seu legado permanece. Algumas obras que serão leiloadas foram preservadas em sua residência de Paris, incluindo uma escultura de Giacometti.

Niomar representa a força e fragilidade da mulher, e seu legado ainda vive. Assista ao vídeo da Sotheby’s sobre Niomar.

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