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'Ninguém põe a mão': os esforços do Brasil para reconhecimento de ilha rica em terras raras

Brasil busca reconhecimento da Elevação do Rio Grande na ONU, atraindo interesse dos EUA devido à riqueza em terras raras. A disputa envolve questões de soberania e exploração econômica de recursos estratégicos para tecnologias sustentáveis.

Interesse Internacional pelo Rio Grande

A elevação do Rio Grande, reivindicada pelo Brasil na ONU, é foco de atenção dos EUA e do Brasil devido à sua riqueza em terras raras e materiais estratégicos para a transição energética.

O governo brasileiro busca o reconhecimento da região desde 2018 na Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU (CLPC), localizada a cerca de 1.200 km da costa do Rio Grande do Sul.

Com dimensões maiores que a Islândia, essa região pode fornecer ao Brasil a capacidade de explorar recursos como cobalto, manganês, níquel, telúrio e terras raras, essenciais para a fabricação de tecnologias como baterias e painéis solares.

Os EUA, sob Donald Trump, demonstraram interesse em contratos de compra, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou a proposta, afirmando que "ninguém põe a mão" em recursos brasileiros.

O Brasil pode reivindicar a extensão de sua plataforma continental se comprovar continuidade geológica, o que seria o caso da Elevação do Rio Grande, cujas rochas têm composição similar às do território nacional.

Se a ONU aceitar o pedido, o Brasil terá direitos exclusivos sobre a exploração do subsolo marinho, com a responsabilidade de preservar a região.

A profundidade varia de 5 mil metros, com topos entre 700 e 2 mil metros abaixo do nível do mar, apresentando diversas formas submarinas.

Pesquisadores da USP realizam expedições desde 2015, com apoio de universidades da Alemanha, Japão e Reino Unido. Estudos indicam que a região possui rochas vulcânicas de 45 a 47 milhões de anos. Uma nova expedição está prevista para 2026.

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