New Wave levanta R$ 700 milhões para novas tecnologias na mineração
A New Wave, que ainda não gera receita, receberá o investimento para impulsionar sua pesquisa e desenvolvimento em tecnologias sustentáveis para mineração. A companhia já possui patentes que visam reduzir impactos ambientais e transformar resíduos industriais em recursos valiosos.
A New Wave, empresa brasileira de tecnologia em mineração, levantou US$ 120 milhões em rodada liderada pela Orion Resource Partners, com participação de acionistas como o fundador Gustavo Emina e a Lorinvest.
Os recursos vão financiar P&D, com a New Wave ainda em fase pré-operacional e sem receita. Fundada em 2019 após a venda da New Steel para a Vale por US$ 500 milhões, a empresa já possuí quatro patentes verdes em soluções para reduzir emissões de CO2 e uso de água.
Com um centro de pesquisa em Duque de Caxias, a companhia desenvolveu um processo inovador para recuperar minerais de resíduos de bauxita, gerando um ferro gusa 'verde'. Estima-se que 180 milhões de toneladas de resíduos de bauxita são produzidas anualmente, com apenas 4 milhões aproveitadas.
A New Wave fechou parceria com a Hydro Alunorte para construir uma planta de 50 mil toneladas em Barcarena, Pará. Com custo de R$ 240 milhões, a planta deve funcionar como um teste inicial até julho do próximo ano. Um projeto futuro prevê uma planta maior de 4 milhões de toneladas, com investimento estimado em R$ 5,5 bilhões.
A empresa também desenvolve uma solução mais barata e eficiente para processar lítio, potencializando o Brasil no mercado. Um novo processo para transformação de níquel laterítico em hidróxido de níquel também está em desenvolvimento.
A New Wave projeta iniciar a receita a partir de 2028, com expectativa de faturar US$ 300 milhões em royalties até 2032. Emina visa crescimento sustentável sem construção de todas as fábricas, já que empresas de royalties têm alta valorização no mercado.