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Netanyahu sobrevive a moção do Parlamento, mas coalizão está enfraquecida

Tentativa de dissolução do Parlamento revela fissuras na coalizão de Netanyahu. A votação, apesar de frustrada, sinaliza um desafio significativo ao governo e à sua política de isenção militar para ultraortodoxos.

Moção da oposição para dissolver Parlamento israelense falha

Nesta quarta-feira, 11, uma moção dos partidos de oposição em Israel para dissolver o Parlamento (Knesset) não obteve sucesso, mas evidenciou a maior dificuldade até agora para o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Resultados da votação:

  • 53 dos 120 membros da Knesset a favor da dissolução;
  • 61 contra.

Apesar da derrota, a oposição alega ter causado cisão na coalizão governista sobre a política de alistamento de homens ultraortodoxos, que são isentos do serviço militar.

Conflito interno:

  • Partidos ultraortodoxos, como Judaísmo da Torá e Shas, se enfrentam com o Likud de Netanyahu;
  • Parlamentares ultraortodoxos ameaçaram votar com a oposição;
  • Apenas dois membros do Judaísmo Unido da Torá apoiaram a dissolução.

Antes da votação, Netanyahu fez um acordo de última hora com os ultraortodoxos, resultando na oposição ao projeto de dissolução e evitando uma crise maior.

Implicações da votação: Qualquer votação final levaria meses, dando tempo a Netanyahu para manter sua coalizão ou melhorar sua situação antes de novas eleições.

Analistas afirmam que o acordo não resolverá a questão do alistamento, mas oferece tempo a Netanyahu, que, segundo Aviv Bushinsky, é um “mestre em ganhar tempo”.

Contexto histórico: Estudantes ultraortodoxos têm sido amplamente isentos do serviço militar desde 1948, e a situação se agravou com a recente guerra em Gaza.

As próximas eleições estão previstas para outubro de 2026, caso o governo atual cumpra seu mandato.

Embora o governo de Netanyahu se torne impopular, a oposição - composta por várias legendas - tentará se unir, buscando derrubar o governo e forçar novas eleições.

A tentativa de dissolução, embora malsucedida, ressaltou a fragilidade da coalizão de Netanyahu.

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