Netanyahu se reúne com Trump em meio a expansão em Gaza, tarifas e protestos
Netanyahu discute tarifas comerciais e a situação em Gaza durante visita aos EUA, enquanto o governo israelense intensifica operações militares na região. Protestos marcam o luto de vítimas e pedidos de resgate de reféns em meio à crescente tensão.
Visita de Netanyahu aos EUA
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, está em visita aos Estados Unidos nesta segunda-feira (7) para se encontrar com o presidente Donald Trump. A discussão inclui a Faixa de Gaza, reféns israelenses e um novo regime tarifário que aumentou a sobretaxa para importados de Israel para 17%.
Netanyahu afirmou: "Espero poder ajudar nesta questão", referindo-se às tarifas. Durante a viagem, conversou com o premiê húngaro Viktor Orbán e já se reuniu com o secretário de Comércio dos EUA.
Na agenda, também estão as relações entre Israel e Turquia, Irã e o Tribunal Penal Internacional (TPI).
Por questões de segurança, o voo de Netanyahu teve uma rota de 400 km a mais para evitar sobrevoar países que poderiam cumprir o mandado de prisão contra ele. Acredita-se que Irlanda, Islândia e Holanda seguiriam tal ordem.
Netanyahu enfrenta críticas intensas. O líder opositor Yair Lapid afirmou que ele quer que o Shin Bet seja sua "organização de segurança pessoal". Benny Gantz comentou que Netanyahu "perdeu todos os limites" para se manter no poder.
Protestos por reféns
Familiares de reféns e vítimas dos ataques do Hamas protestaram em frente à casa de Netanyahu, exigindo a volta dos vivos e sepultamento dos mortos. "Precisamos trazer todos de volta", disse Erez Adar, que perdeu um tio nos ataques.
Israel expandiu suas operações em Gaza, aumentando o controle com novas ordens para a população local. Isso inclui a criação de um terceiro corredor entre as cidades de Rafah e Khan Yunis.
Um professor israelense indicou que essa expansão corresponde a cerca de 50% de Gaza. Soldados que atuavam na segurança de demolição disseram: "Destruíram tudo, os palestinos não voltarão".
Recentemente, Israel atacou tendas fora de hospitais na Faixa de Gaza, resultando em pelo menos 2 mortes e 9 feridos, incluindo jornalistas. No total, outras 15 pessoas teriam sido mortas em ataques nas últimas horas.
O exército israelense informou ter interceptado a maioria dos foguetes lançados de Gaza, e Netanyahu prometeu uma "forte resposta" a essas ações.