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Netanyahu perde apoio de partidos ultrarreligiosos e terá governo de minoria em Israel

Partido ultraortodoxo Shas abandona coalizão de Netanyahu, deixando governo em minoria. A instabilidade política se intensifica em meio a negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, enfrenta crise política após o partido ultraortodoxo Shas anunciar sua saída da coalizão.

O Shas não conseguiu avançar uma lei para consolidar isenções no recrutamento militar para judeus ortodoxos, sendo este o segundo partido a se desligar esta semana.

O ministro do gabinete do Shas, Michael Malkieli, afirmou: “Nesta situação atual, é impossível sentar com o governo e ser um parceiro dele”.

Com a saída, Netanyahu terá 50 assentos no Parlamento de um total de 120, mas o Shas disse que ainda pode votar em alguns projetos, prevenindo eleições antecipadas.

O líder da oposição, Yair Lapid, pediu eleições antecipadas, alegando que “um governo minoritário não pode enviar soldados para o front”.

A instabilidade política ocorre em um momento crítico, com Israel negociando um cessar-fogo com o Hamas, apoiado pelos EUA.

Apesar das dificuldades, Netanyahu ainda pode avançar nas negociações, mas está sob pressão da ala de extrema direita da coalizão, que se opõe ao término da guerra.

A questão das isenções do serviço militar é polêmica em Israel, dividindo a opinião pública e intensificando tensões desde o início da guerra em Gaza.

Os ultraortodoxos afirmam que contribuem ao estudar textos sagrados, enquanto muitos israelenses consideram as isenções injustas.

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