Netanyahu enfrenta pressão após partido deixar coalizão governista
Crise na coalizão de Netanyahu intensifica tensões políticas em Israel. Partidos religiosos ameaçam deixar o governo devido a projeto de lei sobre serviço militar obrigatório para judeus ultraortodoxos.
A recente decisão do partido Judaísmo Unido da Torá de deixar a coalizão governante em Israel gerou uma crise política significante para o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Com a saída desse partido, que possui seis membros no parlamento, a coalizão de Netanyahu ficou com apenas 61 parlamentares de um total de 120, uma maioria mínima.
Netanyahu tem um prazo de dois dias para negociar e evitar a saída definitiva do partido. Além disso, enfrenta a ameaça do partido Otzma Yehudit, de extrema-direita, que possui 11 deputados e também considera deixar a coalizão.
O principal ponto de discórdia é um projeto de lei que pode obrigar judeus ultraortodoxos a prestar serviço militar obrigatório, uma exigência que atualmente não se aplica a essa comunidade.
Os partidos religiosos buscam manter a isenção para os ultraortodoxos, aumentando as tensões internas.
Caso Netanyahu não resolva a situação de imediato, ele contará com um recesso de verão no parlamento que começa no final de julho, durando três meses. Esse tempo pode permitir que ele negocie e busque soluções para estabilizar seu governo.