Netanyahu afirma que 20 reféns estão vivos em Gaza e se diz pronto para 'cessar-fogo temporário'
Netanyahu propõe cessar-fogo temporário para a libertação de reféns em Gaza, reconhecendo a pressão internacional pela crise humanitária. O primeiro-ministro defende que a reabertura da fronteira é essencial para manter o apoio de aliados e evitar uma catástrofe humanitária.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, anunciou que está disposto a um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza para facilitar o retorno dos reféns. Ele afirmou que 20 reféns estão “certamente vivos” e que 38 podem estar mortos.
A pressão internacional sobre Israel aumentou, especialmente em relação ao bloqueio à ajuda humanitária em Gaza. Durante coletiva em Jerusalém, Netanyahu declarou: “Se houver uma opção para um cessar-fogo temporário para libertar os reféns, estaremos prontos”. Entretanto, a trégua não indica um fim negociado do conflito, mas uma troca de reféns por prisioneiros.
Netanyahu reforçou que seu objetivo é derrotar o Hamas e que Gaza ficará sob domínio de Israel. Para garantir o apoio internacional, ele sugeriu que o bloqueio humanitário deve ser reavaliado. Essa proposta inclui uma ajuda gerida por uma instituição sob supervisão do Exército israelense, algo criticado por ONGs.
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) considerou a ajuda autorizada por Israel como "ridiculamente insuficiente". Segundo Pascale Coissard, a entrada de apenas 100 caminhões de ajuda é insuficiente para a demanda estimada de 300 caminhões pela ONU. Ela apontou que a distribuição tem como objetivo evitar acusações contra Israel, não aliviar a situação real dos palestinos.
O plano proposto prevê:
- Entrada de ajuda humanitária básica;
- Distribuição por meio de fundo americano;
- Direcionamento dos moradores de Gaza para áreas livres do Hamas.