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Netanyahu admite que financia grupo jihadista em Gaza contra Hamas

Netanyahu confirma apoio a grupo jihadista na Gaza, visando combater o Hamas. O premiê defende a estratégia como uma forma de salvar vidas de soldados israelenses.

Primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, admitiu que seu governo está financiando grupo jihadista ligado ao Estado Islâmico na Faixa de Gaza, que atua contra o Hamas.

O anúncio foi feito após acusação do ex-ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, de que Netanyahu estaria disponibilizando armas para gangues na região.

No vídeo publicado no X, Netanyahu disse que a decisão foi baseada em conselhos de membros do Exército para salvar vidas de soldados israelenses. Questionou: "O que há de errado nisso?" e afirmou que Israel luta para derrotar o Hamas de várias formas.

Algumas famílias em Gaza controlam partes do território e já tiveram confrontos com o Hamas. Lieberman mencionou o grupo Abu Shabab como um dos beneficiados, que estaria recebendo metralhadoras e fuzis.

Relatos do jornal Hareetz mostram vídeos de palestinos armados em Gaza com insígnias de "Serviço Anti-Terrorista" e equipamentos militares.

Yasser Abu Shabab, suposto líder do grupo, é conhecido na cidade de Rafah. Enfrenta acusações de roubo de suprimentos humanitários.

No passado, Netanyahu já havia apoiado o crescimento do Hamas para enfraquecer a Autoridade Palestina. Em declarações de 2012 e 2019, defendeu a necessidade de manter o Hamas forte e o apoio financeiro a ele como parte da estratégia para isolar os palestinos.

Após o ataque de 7 de outubro de 2023, Netanyahu negou ajuda financeira ao Hamas, chamando a ideia de "absurda e ridícula".

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