Nem União Soviética faria o que Trump tem feito com Brasil, diz assessor especial de Lula a jornal
Brasil busca fortalecer laços com o Brics em resposta a pressões dos EUA. Assessor de política externa destaca a importância de diversificar parcerias para reduzir dependência de um único mercado.
Governos brasileiros e Brics
O governo brasileiro busca fortalecer suas relações com o Brics, mesmo frente à ameaça de tarifas elevadas pelos EUA, conforme declarado pelo assessor especial Celso Amorim ao Financial Times.
Amorim afirmou que a pressão dos EUA tem efeito contrário ao desejado, reforçando laços com o Brics. Criticou a **interferência** dos EUA como sem precedentes, comparando-a a ações da União Soviética. O objetivo é diversificar parcerias e não depender de um único país.
O Brics, composta por economias emergentes como China, Índia e Rússia, é visto como crucial para equilibrar interesses globais. O Brasil também quer fortalecer laços com Europa, América do Sul e Ásia.
Amorim destacou que as medidas de Trump, com tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, são estritamente políticas, visando pressionar Brasília e agradar aliados.
Ele reafirmou o compromisso do Brasil com um modelo de relações internacionais baseado em múltiplas alianças e preservação da soberania. O assessor ainda solicitou a ratificação do acordo Mercosul-União Europeia, atualmente paralisado.
A postura dos EUA representa uma visão de poder absoluto, mas segundo Amorim, o Brasil "não cederá a pressões externas", buscando maior integração regional e global.