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Negócio entre Banco Master e BRB: como ficam os investimentos que contam com cobertura do FGC?

O BRB aprova a compra de 58% do Banco Master, levantando questionamentos sobre os impactos nos investimentos dos clientes. O futuro da cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma das principais preocupações em meio às negociações.

O BRB aprovou, por unanimidade, a compra de 58% do capital do Banco Master, gerando especulações no mercado financeiro desde 28 de março.

A operação ainda necessita da análise do Banco Central (com 360 dias para decisão) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O BRB planeja concluir a diligência dos ativos do Banco Master para determinar o que será incorporado ao acordo.

Um ponto central levantado é a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) após a negociação. O acordo prevê que o BRB pague os CDBs emitidos pelo Banco Master e sua parte no banco digital Will Bank.

O FGC garante até R$ 250 mil por CPF para investimentos em CDBs, LCIs e LCAs emitidos até a aprovação oficial da operação. Essa cobertura persiste até o vencimento dos títulos.

Para depósitos em conta corrente e outros tipos de conta, a garantia é válida por 60 dias após a publicação da aprovação no Diário Oficial.

Guilherme Bier Barcelos, do RMM Advogados, afirma que, em caso de conclusão do negócio, os investidores não sofrerão prejuízos, embora as responsabilidades do BRB possam aumentar.

O Banco Master busca reduzir custos de captação sob nova gestão, pois, apesar de lucros, enfrenta dificuldades em manter a rentabilidade em suas operações tradicionais.

Os produtos emitidos pelo Banco Master têm remuneração superior à média do mercado, atraindo investidores. No entanto, o aumento rápido do seu tamanho gerou preocupações sobre os riscos envolvidos.

O FGC possui um patrimônio líquido de R$ 107 bilhões, mas sua capacidade de honrar compromissos futuros gera dúvidas entre investidores sobre a saúde do sistema.

Discussões na comunidade de investidores refletem preocupações sobre a capacidade do FGC de cumprir suas promessas, se necessário, durante uma liquidação extrajudicial.

A fonte próxima ao FGC destaca que, mesmo robusto, o fundo precisa de manutenção para evitar riscos futuros no sistema financeiro.

O FGC não se manifestou até o fechamento da matéria.

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