Negociações comerciais entre EUA e China estão 'estagnadas', diz secretário do Tesouro americano
As negociações entre EUA e China enfrentam impasses, com a necessidade de um contato direto entre Trump e Xi para revitalizar o diálogo. A situação é complicada por novas restrições comerciais impostas por Washington, que intensificam as tensões entre os países.
Negociações comerciais entre os EUA e a China estão "um pouco estagnadas", segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmado na última quinta-feira (29).
Bessent sugeriu que uma ligação entre Donald Trump e Xi Jinping poderia revigorar as discussões, já que pouco progresso foi feito desde a trégua acordada em Genebra, há duas semanas, que reduziu tarifas retaliatórias para até 145%.
Ele afirmou: "Acredito que teremos mais conversas nas próximas semanas" e que os líderes devem se comunicar, dado "a magnitude das negociações".
O Ministério das Relações Exteriores da China não comentou sobre as declarações de Bessent. Trump mencionou a possibilidade de uma ligação com Xi, enquanto a China tem negado conversas entre os líderes.
Após as conversas na Suíça, ambos os países concordaram em reduzir tarifas por 90 dias: EUA diminuíram para 30% e China para 10%. A China também se comprometeu a suspender medidas não tarifárias, mas não revelou detalhes.
O Ministério do Comércio chinês anunciou a criação de um "mecanismo de consulta econômica e comercial" entre as duas nações para manter comunicação regular sobre questões econômicas.
No entanto, desde então, houve poucos anúncios públicos, com os EUA impondo mais restrições ao uso de tecnologia por empresas chinesas, incluindo avisos sobre produtos da Huawei e proibições para empresas americanas venderem software de design de semicondutores a grupos chineses.
Huo Jianguo, vice-presidente da Sociedade da China para Estudos da OMC, comentou que a China deve estar preparada não apenas para negociações, mas também para "um confronto prolongado".