Negociação fortalece Alckmin para disputar reeleição com Lula ou governo de São Paulo
Geraldo Alckmin ganha destaque nas negociações com os EUA, buscando aliviar o impacto das tarifas sobre produtos brasileiros. O governo planeja medidas específicas para setores afetados, como café e máquinas.
Avaliação no governo e de setores do PT é que Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, sai fortalecido das negociações tarifárias com os Estados Unidos.
Alckmin tem dialogado com representantes de setores e levado demandas ao presidente Lula. Uma das principais é a suspensão de tributos federais por 180 dias.
Hoje, Alckmin esteve no Programa da Ana Maria Braga, da TV Globo, em uma estratégia de comunicação direta com a população.
Ele lidera um esforço conjunto, mobilizando diferentes áreas do governo e atores não estatais, conversando com empresários de ambos os países.
Embora Alckmin tenha protagonismo, é Lula quem define o tom das articulações. O clima no Planalto é de alívio temporário após o adiamento das tarifas.
Ontem, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu com o diplomata americano Marco Rubio.
No momento, não há previsão de um encontro entre Lula e o presidente Donald Trump, já que Lula não aceitaria ser destruído como o presidente da Ucrânia.
Lula convocou os ministros do STF para uma reunião para discutir as sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes.
O governo também se prepara para possíveis novas medidas dos EUA, como a aplicação da Lei Magnitsky a outras autoridades brasileiras.
Durante a tarde, Lula reuniu ministros para discutir medidas de socorro após o adiamento das tarifas de 50% e a retirada de cerca de 400 produtos da lista.
Preocupações persistem nos setores de café e carnes, que ainda enfrentam tarifas de 50%. O Brasil responde por 33% do café consumido nos EUA.
O setor de máquinas também é uma preocupação, pois esses produtos são caros e difíceis de serem redirecionados.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou 8 medidas prioritárias em áreas como crédito, tributação e comércio exterior para mitigar os efeitos econômicos adversos.
O governo busca abrir novos mercados para os produtos brasileiros, mas reconhece que as negociações podem ser mais demoradas do que o esperado pelos empresários.