Natal sem brinquedos? Tarifas levam fábricas e lojas americanas a cancelar pedidos de fim de ano

Tarifas de Trump sobre produtos chineses ameaçam o Natal nos EUA.

Fabricantes de brinquedos e varejistas estão suspendendo pedidos devido aos impostos de importação, que afetam as cadeias de suprimentos. As fábricas na China produzem quase 80% dos brinquedos e 90% dos produtos de Natal vendidos nos EUA.

As tarifas de 145% impostas por Trump aumentaram os custos, levando a um alarme no setor. Apesar da preocupação, muitos empreendedores ainda não cancelaram pedidos, esperando por mudanças nas tarifas.

O presidente-executivo da Toy Association, Greg Ahearn, afirmou: “Estamos colocando o Natal em risco.” Há expectativa de escassez de produtos e preços mais altos.

Empresas, como a Storytime Toys, estão enfrentando custos elevados, com Kara Dyer mencionando um aumento de 20% nos preços. Mais de 60% dos fabricantes consultados já cancelaram pedidos.

A loja West Side Kids, de Jennifer Bergman, teme pela escassez de brinquedos. Os preços já aumentaram entre 10% e 20% e ela pode não ter produtos suficientes para a temporada.

Nick Mowbray, do Zuru Group, comentou que os pedidos para as festas de fim de ano estão em “padrão de espera”. Se as tarifas permanecerem, os preços devem aumentar entre 50% e 100%.

Trump tem adotado um tom mais conciliador, o que alimenta esperanças de isenções temporárias. Contudo, a Toy Association está fazendo lobby por uma suspensão de 24 meses para permitir adaptação das empresas.

A Aldik Home em Los Angeles também enfrenta desafios. O dono, Larry Gold, disse que impostos podem elevar o preço das árvores de Natal a mais de US$ 2 mil, inviabilizando as vendas.

Com a continuidade das tarifas, as empresas temem não ter produtos para vender e enfrentar o fechamento, ameaçando a indústria natalina americana.