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Não vamos negociar como se fosse um país pequeno contra um país grande, diz Lula ao New York Times

Lula critica a imposição de tarifas pelos EUA e afirma que busca diálogo, mas enfrenta dificuldades. Senadores brasileiros em missão a Washington tentam ampliar prazo para a entrada em vigor das medidas.

Tarifas de 50% sobre produtos brasileiros começam a valer nos EUA em dois dias, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não conseguiu contato com o governo americano.

Lula declarou em entrevista ao The New York Times que pediu contato, mas não obteve sucesso. Não há informações de tentativas de falar com o presidente americano Donald Trump.

Trump mencionou que poderia conversar com Lula "em algum momento, mas não agora". Lula enfatizou que está lidando com a situação "com máxima seriedade", mas também com autonomia.

As novas taxações vêm após subversões políticas no Brasil, que Trump chama de "caça às bruxas". Lula afirmou: "O Judiciário aqui é independente" e que as ações de Trump violam a soberania do Brasil.

Em resposta à sobretaxa, o governo brasileiro lançou a campanha "O Brasil é dos brasileiros" e avalia tarifas retaliatórias. Lula enfatizou que todos sairão perdendo com as taxas, alterando relações diplomáticas.

Na terça-feira (29/07), o secretário de Comércio dos EUA indicou isenções para importações específicas, mas não mencionou o Brasil.

No mesmo dia, o senador Jaques Wagner, em missão em Washington, afirmou que o encontro entre Lula e Trump pode demorar, além do prazo de 1º de agosto. Ele questionou a falta de tempo para os empresários se organizarem.

O vice-presidente Geraldo Alckmin informou que o governo brasileiro busca reduzir a tarifa, semelhante ao acordo com a União Europeia, onde a alíquota caiu para 15% após negociações.

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