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“Não vamos deixar Trump ser presidente global”, diz Lula

Lula critica a governança global em discurso em Paris e defende maior representatividade para países do Sul Global nas decisões multilaterais. O presidente ainda enfatiza a necessidade de reformas no Conselho de Segurança da ONU e aumentos nas relações comerciais com a França.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o funcionamento das instituições multilaterais nesta sexta-feira (6.jun.2025), em Paris.

Ele afirmou que a governança global está “desiludida” e defendeu que os países do Sul Global tenham mais voz nas decisões multilaterais.

“Não temos uma governança global que possa tomar decisões”, disse Lula, citando que a estrutura atual favorece os países ricos.

O presidente fez críticas ao poder de veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU e afirmou: “Não vamos deixar o Trump ser o presidente da governança global”.

Lula pediu uma reforma do Conselho de Segurança e mencionou países como Etiópia, Nigéria, Índia, México, Japão e Brasil fora das decisões importantes.

Criticou a falta de mecanismos de contenção contra desrespeitos a decisões da ONU e ressaltou a necessidade de um retorno ao humanismo.

“Não é possível gastar trilhões com armas e deixar 733 milhões passarem fome”, enfatizou.

Lula também expressou que o mundo não pode viver uma nova guerra fria entre os EUA e a China, afirmando que deseja paz e negócios com ambas as potências.

Ele criticou a demora da União Europeia em ratificar o acordo com o Mercosul e mencionou barreiras impostas pela França a produtos brasileiros.

Lula sugeriu uma reunião de produtores agrícolas do Brasil e da França, defendendo a ampliação do comércio bilateral, que atualmente é apenas de US$ 10 bilhões.

O editor sênior Guilherme Waltenberg viajou a convite da CNSeg.

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