‘Não tratamos a agenda ambiental em função de modismo ou posturas de um país’, diz CEO da Suzano
Suzano mantém sua estratégia de ESG inalterada, acreditando que a sustentabilidade é um aliado para o crescimento e a rentabilidade. O presidente Beto Abreu destaca a continuidade do acesso ao mercado de capitais e a importância da regulamentação do mercado de créditos de carbono para o futuro da empresa.
Impacto do ESG na Suzano: Os ataques do presidente americano Donald Trump aos temas meio ambiente, responsabilidade social e governança (ESG) não prejudicaram a Suzano, maior fabricante de celulose do mundo. O presidente Beto Abreu afirmou que a empresa continua acessando o mercado de capitais sem dificuldades relacionadas à sustentabilidade.
BlackRock: Abreu comentou sobre a mudança na postura da BlackRock, gestora de US$ 11,6 trilhões, que deixou de mencionar questões ESG, ressaltando que a Suzano se preocupa mais com a gestão eficiente do que com a pressão por sustentabilidade.
Créditos de carbono: A Suzano considera a venda de créditos de carbono um potencial relevante, dependendo da regulamentação que deve ocorrer entre 2025 e 2026.
Declarações da Suzano:
- Estratégia ESG está sendo intensificada e é vista como uma oportunidade de negócio.
- 50% da dívida está atrelada a compromissos de sustentabilidade.
- Crescimento não está comprometido por foco em ESG; ambas as áreas se complementam.
Abreu mencionou que o crescimento global foi afetado pela guerra comercial durante o primeiro governo Trump, mas que a Suzano se concentra em decisões estratégicas a longo prazo.
Oportunidades de regulamentação: A recente lei de créditos de carbono no Brasil ainda precisa de regulamentação clara para o desenvolvimento do mercado e certificação.
Metas e iniciativas:
- 85% da meta de redução da pegada de carbono foi alcançada.
- Desafio de atingir 30% de liderança feminina até 2028.
- Foco na redução de emissões pelos fornecedores e mudanças no transporte de madeira.
A Suzano também participa ativamente das COPs, buscando soluções para reduzir os impactos das mudanças climáticas, mesmo diante dos desafios logísticos da realização de eventos em cidades pequenas.