Não presido a Câmara para servir a projeto político do governo, diz Motta
Hugo Motta critica propostas do governo Lula para aumento de impostos e defende que não servirá a projetos eleitorais. O presidente da Câmara alerta que medidas fiscais sem corte de gastos serão mal recebidas pelo setor produtivo e Congresso.
Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que não está em seu cargo para “servir a projeto político de ninguém”, em crítica ao governo Lula.
O deputado reprovou propostas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que visam compensar a revogação parcial do decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O governo pretende taxar investimentos atualmente isentos, como a LCA e a LCI.
Motta ressaltou que “aumentar impostos sem corte de gastos não será bem aceito” nem pelo setor produtivo, nem pelo Congresso. Ele participou do Brasília Summit, organizado pelo Lide.
Uma medida provisória (MP) sobre o aumento de impostos será publicada no Diário Oficial da União nesta 4ª-feira, 11 de junho. O governo pretende arrecadar R$ 19 bilhões em 2025 com o aumento do tributo, mas após pressões, as receitas foram reduzidas a R$ 6 bilhões em 2025 e R$ 12 bilhões em 2026.
Até agora, as alternativas do governo foram apenas aumentos de impostos, sem discussão sobre cortes de gastos.