Não há evidências de ação em larga escala de espiões no Brasil, diz Lewandowski
Ministro da Justiça descarta ações em massa de espiões no Brasil, ressaltando um caso isolado sob análise do STF. A Polícia Federal continua investigando indícios de uma rede de espionagem russa operando no país.
Ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, afirmou que não há evidências concretas de espiões russos ou de outras nacionalidades em ação no Brasil.
Ele destacou que um caso isolado está sob responsabilidade do STF, e que o governo tomará decisões conforme a corte
A declaração ocorreu em uma entrevista coletiva em 22 de novembro, após a 4ª Reunião da Interpol. Estiveram presentes o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza.
Desde 2022, a Polícia Federal investiga indícios de que o Brasil vinha sendo usado pela Rússia como um centro para formação de agentes de inteligência.
Um relatório do The New York Times mencionou que o Brasil se tornou uma fábrica de espiões, com a PF buscando desmantelar essa rede de espionagem.
- O jornal afirma que a Rússia utilizou o Brasil como plataforma para seus agentes, que assumiram identidades falsas.
- Ao menos nove oficiais russos operaram sob identidades brasileiras.
- Serguei Tcherkasov, mencionado na reportagem, ficou detido no Brasil após ser deportado.
A decisão mais recente do STF, por Edson Fachin, negou a mudança de prisão preventiva de Tcherkasov. A extradição dependerá de investigações em andamento.
O Brasil é atrativo para espiões devido à facilidade de obtenção de documentos e pela receptividade do passaporte brasileiro. Em abril de 2024, a Abin identificou um espião atuando como diplomata.
Serguei Alexandrovitch Chumilov deixou o Brasil após ser identificado como espião. Sua entidade cultural já foi acusada de envolvimento em ações de espionagem em outros países.