'Não é para os meus netos, é para os meus filhos', diz executivo da Nvidia sobre robôs humanoides e agentes de IA

Assistentes virtuais que ajustam sotaques e comportamentos para o usuário e robôs humanoides estão mais próximos do que se imagina, segundo Guilherme Fuhrken, gerente de Vendas Corporativas da Nvidia na América Latina.

Em entrevista ao GLOBO, Fuhrken destacou que os agentes de IA e tecnologias como veículos autônomos devem se popularizar rapidamente, transformando a interação entre empresas e consumidores nos próximos anos.

Ele afirma que essa evolução tecnológica pode impactar até mesmo a geração atual: "Não são coisas para os meus netos. São para os meus filhos."

A personalização no atendimento é um dos principais benefícios mencionados, essencial para expandir as bases de clientes, especialmente no varejo. Fuhrken enfatiza que tais ferramentas devem ser treinadas em contextos linguísticos e culturais locais para serem eficazes.

Ele se refere a uma IA soberana, que é adaptada à realidade brasileira, e não baseada em bancos de dados de outros países.

Os agentes de IA oferecem interações mais naturais, minimizando erros frequentes em atendimentos. "Um agente personalizado pode falar: 'Oi, tudo bem?'"

Fuhrken também comentou sobre a digitalização em setores como varejo e bancos, que proporcionam um ambiente mais maduro para a adoção dessas tecnologias. Ele mencionou projetos para automação na manufatura.

Um desafio no Brasil é o alto custo operacional dessas tecnologias, mas a Nvidia está trabalhando para reduzir os preços, o que permitirá viabilizar projetos antes inviáveis.

A evolução da tecnologia, com a combinação de software e hardware mais eficientes, promete ganhos de produtividade significativos. Fuhrken prevê uma aceleração nesse desenvolvimento.

Ele também mencionou a possibilidade de surgimento de “Physical AI”, abrangendo robôs humanoides e drones, indicando que essa transformação já ocorre mais rapidamente do que o esperado.