'Não é o pior cenário possível', diz secretário do Brasil sobre exceções do tarifaço dos EUA
Secretário do Tesouro Nacional considera as exceções nas tarifas americanas uma evolução positiva para a economia brasileira. O governo estuda medidas de contenção e já tem um plano de contingência preparado para lidar com os impactos da taxação.
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, avaliou que as isenções de setores como alimentos, minérios e aviação civil em relação ao tarifaço americano representam uma melhora no cenário atual.
Durante coletiva, Ceron declarou que as exceções são positivas, mas aguarda detalhes sobre as medidas. Ele destacou que, entre os cenários possíveis, “não é o pior cenário”.
O governo está atento aos efeitos da taxação sobre a economia brasileira e as contas públicas, com Ceron afirmando que a reação será “razoável”.
Plano de contingência já está pronto e apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É provável que um programa para manutenção de empregos seja criado, semelhante ao índice adotado durante a pandemia.
Ceron não revelou os impactos fiscais esperados, pois o presidente Lula ainda decidirá a ação do governo.
Hoje, o presidente americano Donald Trump assinou uma ordem executiva que implementa uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. O início da tarifa foi adiado por sete dias.
A nova tarifa inclui isenções para as principais exportações do Brasil aos EUA, como aviões da Embraer, suco de laranja e celulose.