‘Não adianta mandar projeto para o Congresso só para ficar bem com a Faria Lima’, diz Haddad
Haddad destaca a dificuldade em aprovar reformas significativas devido ao ano eleitoral e assegura que as propostas atuais são suficientes para o orçamento de 2026. Ele enfatiza a necessidade de um diálogo claro com o Congresso para dar andamento às questões fiscais e administrativas.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a agenda do Ministério da Fazenda está definida e que não será viável aprovar grandes reformas em 2024, ano eleitoral.
Em entrevista ao Estadão/Broadcast, ele comentou sobre a dificuldade do governo em aprovar medidas estruturantes como a revisão dos pisos constitucionais da saúde e educação, essenciais para aliviar as despesas do Orçamento.
Haddad ressaltou que a equipe econômica não deve envia novas medidas de ajuste fiscal ao Congresso, afirmando que as propostas já apresentadas são suficientes para a Lei Orçamentária de 2026, que será enviada em 31 de agosto.
Ele mencionou a preocupação do presidente Lula com as taxas de juros e a renúncia fiscal de R$ 800 bilhões, além de conversar com parlamentares sobre projetos para resolver essa questão.
O ministro ainda destacou que não é razoável esperar aprovação de reformas complexas no próximo ano e que existem diversos projetos sendo discutidos, como:
- PL da inteligência artificial
- Redata (data centers)
- Lei de Falências
- Garantia de Pix para crédito barato
- A questão do devedor contumaz
Haddad enfatizou a importância de um diálogo aberto sobre a situação econômica, frisando que a Fazenda está disposta a discutir pautas, mas a falta de sucesso nas propostas simples é um indicativo da dificuldade com as reformas maiores.