Na mira de Trump, Pix lidera entre pares e vira modelo de exportação
Estudo destaca que o Pix se tornou o sistema de pagamentos instantâneos mais avançado do mundo, superando outros modelos globais em transações e volume movimentado. A crescente adoção do sistema brasileiro também inspira inovações em outros países, como a Colômbia.
O Pix, sistema de pagamento brasileiro, é alvo de uma investigação comercial nos EUA e se destaca como referência mundial de adesão e inovação, segundo um estudo da Zetta e Labrys.
Desde seu lançamento em novembro de 2020 pelo Banco Central do Brasil, o Pix se tornou um modelo de exportação; a Colômbia, por exemplo, lançará o Bre-B em setembro inspirado no sistema.
A fundadora da Labrys, Mariana Cunha e Melo, afirma que o estudo confirma a percepção dos brasileiros: "o Pix é realmente o sistema mais avançado do mundo".
A comparação inclui sistemas como os da Coreia do Sul (primeiro a implementar pagamentos em tempo real em 2001), Índia, Suíça, Austrália e outros.
Resultados mostram que o Pix é líder em transações per capita e volume transacionado em relação ao PIB. Em novembro de 2024, houve 373 transações per capita e 226% do PIB movimentado.
O sistema tailandês PromptPay, com 164 transações per capita, ficou em segundo lugar, devido ao uso governamental para transferências sociais.
O Pix já superou o uso de dinheiro em espécie como forma de pagamento, sendo utilizado por 96% da população adulta e 84% dos negócios no Brasil.
Segundo a pesquisa, o Pix é flexível, permitindo funções adicionais, como o pagamento automático e de boletos. A função de crédito deve ser lançada em setembro.
O chefe-adjunto do BC, Breno Lobo, destacou a rápida adoção do Pix em outros países e a demanda internacional por soluções de pagamentos instantâneos inspiradas nele.
A economista-chefe da Zetta, Rafaela Nogueira, afirma que o Pix é uma referência em inovação, competição e inclusão.