Na Intel, plano de retomada do novo CEO envolve cortes e a volta do presencial

CEO da Intel, Lip-Bu Tan, apresenta desafios da empresa

No dia 24 de agosto, Tan fez um diagnóstico rigoroso dos problemas que a Intel enfrenta, afirmando que levará tempo para revertê-los.

Em seu primeiro relatório como CEO, ele destacou a necessidade de mudar a cultura corporativa burocrática da Intel, o que inclui:

• Corte de empregos
• Remoção de camadas de gerenciamento
• Retorno ao trabalho presencial, com exigência de quatro dias por semana.

A previsão de receita da Intel para o trimestre atual ficou abaixo das expectativas dos analistas, resultando em uma queda de mais de 5% nas ações da empresa. Este cenário é devido a:

• Concorrência intensa
• Falta de produtos competitivos em IA
• Desafios no negócio de fundição

No primeiro trimestre, a Intel teve vendas de US$ 12,7 bilhões, superando previsões, mas com uma perspectiva fraca que levanta preocupações sobre a demanda real.

Tan, que assumiu o cargo no mês passado, indicou que a empresa pode reduzir sua força de trabalho em mais de 20% e que os cortes começariam no trimestre atual. O CFO, David Zinsner, expressou receios sobre um possível declínio nos gastos de consumidores e investimentos.

Comparado a rivais como a Nvidia, que domina o mercado de IA, a Intel enfrenta um prejuízo significativo. Sua margem bruta caiu para 36,5%, bem abaixo dos 60% que costumava reportar.

Além disso, enquanto a Nvidia e a TSMC operam com menos funcionários, a Intel busca alcançar uma maior eficiência e competitividade no setor.

Os custos operacionais da Intel devem cair de US$ 17 bilhões em 2025 para US$ 16 bilhões em 2026, mas, ainda assim, a recuperação da empresa não é imediata.

Esta situação traz uma incerteza elevada ao setor, com a necessidade urgente de uma mudança estruturada para a Intel recuperar sua posição de liderança.