Na Ambev, avanço maior em cerveja premium e zero álcool ameniza queda em volumes
Resultados do segundo trimestre da Ambev mostram queda nas vendas e receitas, mas crescimento nas cervejas premium ajuda a mitigar os impactos. A empresa reafirma sua estratégia de "premiuzação" para enfrentar os desafios do mercado e aprova pagamento de dividendos.
Empresas de bens de consumo enfrentam desafios em cenário de inflação elevada e redução do poder de compra.
A Ambev, maior empresa de bebidas do Brasil, apresentou resultados do segundo trimestre que ficaram abaixo do esperado, com volumes vendidos caindo 4,5% na base anual e 8,9% em cervejas no Brasil.
As receitas líquidas do segmento de cervejas recuaram 3,5%, totalizando R$ 8,99 bilhões de abril a junho, influenciadas por condições climáticas adversas, como o frio intenso em regiões chave.
Apesar da queda, as cervejas premium, como Stella Artois e Corona, cresceram 15% em comparação anual, compensando parcialmente os resultados.
- Stella Pure Gold teve crescimento acima de 100%, representando 30% do volume de Stella Artois.
- Michelob Ultra cresceu 60% na base anual.
A Ambev destaca que a saúde das marcas e a gestão estratégica de receitas ajudaram a mitigar os impactos no mercado. A receita operacional líquida por hectolitro cresceu 6,2%.
O Ebitda ajustado cresceu 2,7%, totalizando R$ 2,87 bilhões, com melhoria nas margens.
No segundo semestre, a empresa reafirma a estratégia de “premiuzação” e aprovou o pagamento de R$ 2 bilhões em dividendos, demonstrando confiança no crescimento.
As ações da Ambev (ABEV3) subiram cerca de 13% no ano até agora, superando o Ibovespa, que teve avanço de 11%.