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Na ‘Alcatraz dos jacarés’, imigrantes presos denunciam maus-tratos

Novo centro de detenção na Flórida levanta preocupações sobre condições desumanas para imigrantes. Especialistas alertam para os riscos de um sistema de detenção irregular e sem precedentes no estado.

Centro de detenção de imigrantes na Flórida enfrenta condições precárias. Detentos relatam falta de recursos como lápis, livros e televisão. Luzes permanecem acesas durante a noite e barracas apresentam vazamentos e insetos.

Entrevistas revelam banhos infrequentes, refeições inadequadas e detentos adoecendo. Rick Herrera, um dos prisioneiros, descreve a situação como “um barril de pólvora”.

O centro, oficializado em 3 de julho, é parte da campanha de deportações do presidente Donald Trump. O governador, Ron DeSantis, adotou uma postura agressiva em relação à imigração.

A instalação serve ao processo 287(g), permitindo que autoridades locais detenham imigrantes. Contudo, não está claro o futuro dos detentos em relação à custódia federal.

60% dos detentos têm ou tiveram condenações criminais, muitos transferidos de cadeias locais. DeSantis considera expandir o centro para 4.000 leitos até o próximo mês.

Condições no centro são criticadas por serem insalubres, e o estado nega as alegações, afirmando que a instalação atende a todos os padrões. Parentes e advogados enfrentam dificuldades para contatar os detentos.

O centro pode custar cerca de US$ 450 milhões ao ano, com críticas ao custo por detento sendo maior do que em estabelecimentos similares.

Os detentos vivem em barracas sem infraestrutura adequada e enfrentam privação de medicamentos e entretenimento. Herrera e outros jogam xadrez e dominó feitos de papel para passar o tempo.

Recentemente, alguns detentos foram transferidos, enquanto outros continuam sem informações sobre seu destino.

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