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Multiplan pode voltar a vender ativos para reduzir nível de endividamento, diz CFO

Multiplan foca em redução de endividamento e aumento de caixa em 2025. CFO destaca condições favoráveis como alta taxa de ocupação e crescimento nas vendas dos shoppings.

Multiplan (MULT3), uma das maiores operadoras brasileiras de shopping centers, busca reduzir seu endividamento por meio de maior geração de caixa e menor investimento em 2025, segundo o CFO, Armando d’Almeida Neto.

Condições favoráveis incluem:

  • Elevada taxa de ocupação dos shoppings;
  • Tendência de recomposição dos aluguéis;
  • Redução da inadimplência;
  • Aumento da receita extra com serviços.

O CFO destacou que as vendas de abril estão crescendo em duplo dígito em relação ao ano anterior.

A dívida bruta da Multiplan era de R$ 5,475 bilhões no final de março, com dívida líquida de R$ 4,231 bilhões. A alavancagem atingiu 2,28x no primeiro trimestre, apresentando leve redução em relação a dezembro (2,31x).

A empresa considera a venda de ativos como possibilidade para levantar recursos, após ter vendido 25% do JundiaíShopping para a XP Malls no ano passado.

O lucro líquido da Multiplan no primeiro semestre foi de R$ 234 milhões, uma queda de 12,4% em relação ao ano anterior, impactado por um crescimento de 64,5% das despesas financeiras.

A recompra de ações, avaliada em R$ 2,5 bilhões, ampliou o controle da companhia, apesar da elevação temporária da alavancagem.

Condições de mercado são favoráveis, com a agência Fitch destacando que as operadoras de shoppings, como a Multiplan, estão bem posicionadas para enfrentar desafios econômicos, mantendo um forte perfil de crédito.

No primeiro trimestre, o portfólio da Multiplan cresceu 7,9%, com vendas de R$ 5,5 bilhões e taxa de ocupação de 96,3%.

O BarraShopping, no Rio de Janeiro, teve o maior volume de vendas com R$ 833,6 milhões.

A valorização das ações da Multiplan é de 24% em 2025 e 10,5% nos últimos 12 meses, avaliando a companhia em R$ 12,8 bilhões na B3.

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