Multinacionais que doaram para Trump têm fábricas no Brasil que podem ser afetadas pelo tarifaço
Multinacionais que doaram milhões para a posse de Trump se preparam para os impactos das novas tarifas. A sobretaxa de 50% pode afetar desigualmente as operações das empresas no Brasil, gerando preocupações sobre a manutenção de empregos e produção.
Multinacionais americanas no Brasil se preparam para impactos de tarifas
Empresas como Caterpillar, Dow, MSD, General Motors, Toyota, Johnson & Johnson, Pepsico e Bayer doaram milhões para a posse de Donald Trump, a mais cara da história.
A nova sobretaxa de 50%, que entra em vigor em 1º de setembro, afetará de maneira desigual as operações brasileiras. Empresas com foco no mercado local terão impactos diferentes das que exportam produtos para os EUA.
A Caterpillar, que doou US$ 100 mil para a posse, teme desligar suas operações no Brasil devido aos impactos. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressou preocupações semelhantes.
Durante reuniões, a Caterpillar e outras empresas buscaram apoio do governo para reverter as tarifas. A General Motors, comemorando 100 anos no Brasil, também participa das discussões. A Toyota, que doou US$ 1 milhão, está monitorando o cenário sem determinar impactos.
A JBS, maior doadora com US$ 5 milhões, não deve ser severamente afetada, pois é um grande player nos EUA. No entanto, suspendeu produções destinadas ao mercado americano. Cálculos indicam que o agronegócio brasileiro pode perder R$ 5,8 bilhões em exportações para os EUA.
A Abbott destinou US$ 500 mil e espera impactos globais de US$ 200 milhões devido às sobretaxas. Sete companhias não responderam a questionamentos sobre o impacto das tarifas.
A Amcham revelou que uma redução no faturamento das unidades brasileiras pode afetar também suas contrapartes nos EUA, com um superávit crescente no comércio intercompanhia entre os dois países.