Mulher é condenada a 8 anos de prisão nos EUA ao ajudar norte-coreanos a burlarem empresas
Christina Chapman, ex-garçonete que operou esquema de fraudes para golpistas norte-coreanos, foi condenada a oito anos de prisão. A operação dela gerou lucros significativos para os criminosos, envolvendo até empresas conhecidas como a Nike.
Christina Chapman, ex-garçonete e massagista, teve sua vida alterada após prestar serviços a agentes norte-coreanos. Durante dois anos, operou uma "fazenda de laptops" em sua casa, conectando golpistas a mais de 300 empresas dos EUA.
No dia 24 de outubro, foi condenada a 102 meses de prisão em regime fechado. A operação gerou mais de US$ 17 milhões para os norte-coreanos, com a Nike sendo uma das empresas infiltradas.
Christina ajudava os norte-coreanos com documentação e fornecia um endereço nos EUA para correspondências e laptops. Além disso, facilitava o acesso a dados das empresas, que alegaram extorsão.
Os salários dos trabalhadores eram enviados a Chapman, que os metade depositava em contas usadas pelo governo norte-coreano, financiando seu programa de armas.
Entre 2021 e 2022, a Nike pagou a um trabalhador quase US$ 75 mil. Além da Nike, a plataforma Jeenie e a agência DataStaff também foram vítimas.
O trabalho trouxe a Christina benefícios financeiros, permitindo que ela comprasse uma casa no Arizona e arrecadasse mais de US$ 284 mil. No entanto, foi condenada a devolver essa quantia e pagar uma multa de US$ 176,8 mil.
A casa de Christina foi invadida pelo FBI em outubro de 2023. Em fevereiro, declarou-se culpada por fraude, lavagem de dinheiro e roubo de identidade.
Ela aceitou o emprego por necessidade, visando mais tempo com sua mãe, diagnosticada com câncer. Christina pediu desculpas às vítimas em sua declaração ao tribunal antes da sentença.