Mulher do “perdeu, mané” pede celular e visitas religiosas a Moraes
Defesa solicita devolução de celular e autorização para visitas religiosas enquanto cumpre prisão domiciliar. Cabeleireira está condenada a 14 anos por participação em atos golpistas e pichação na estátua do STF.
Defesa de Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira condenada por pichar a frase “perdeu, mané” na estátua do STF, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes a devolução de seu celular e autorização para receber visitas religiosas.
Débora está presa preventivamente desde 17 de março de 2023 e cumpre prisão domiciliar desde 28 de março de 2025. O pedido, baseado em seu vínculo com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, inclui também atendimento médico em casa.
A defesa argumenta que as visitas religiosas são um direito constitucional garantido pela liberdade de crença. Um documento do pastor da igreja foi anexado para comprovar sua filiação religiosa.
Em 13 de junho, a 1ª Turma do STF negou por unanimidade um recurso explorando omissões na decisão anterior sobre sua condenação a 14 anos de prisão pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A defesa alegou que não foram descontados do tempo de pena os 2 anos em que ela ficou presa preventiva, a confissão do crime, e outras possíveis remissões de pena. O relator, Moraes, e demais ministros consideraram que não houve justificativa válida para alterar a decisão.
Débora foi condenada por abolir o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, entre outros crimes. A pena ainda não foi executada.
Ela é mãe de dois filhos menores e, desde a prisão domiciliar, está com tornozeleira eletrônica, proibida de usar redes sociais e conceder entrevistas. Débora foi detida durante a 8ª fase da operação Lesa Pátria, que visava participantes dos atos extremistas em Brasília.
Durante os protestos, foi fotografada realizando a pichação e, segundo a defesa, portava apenas um batom para tal ato.