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Muitos canais, poucos resultados: entenda as várias frentes de negociação do Brasil com os EUA

Negociações comerciais entre Brasil e EUA enfrentam impasse às vésperas da aplicação de tarifas elevadas. A falta de diálogo direto entre os presidentes e o desafio de encontrar um embaixador oficial agravam a situação.

Negociações comerciais entre Brasil e EUA enfrentam impasse.

A situação se agrava à medida que se aproxima o 1º de agosto, data prevista para o início das tarifas de 50% sobre mercadorias. O governo brasileiro admite dificuldades em dialogar com o governo Trump.

O presidente Lula designou o vice-presidente Geraldo Alckmin para liderar as negociações, mas as conversas são complicadas. “Ninguém quer conversar com ele”, afirmou Lula.

O senador Jacques Wagner descreveu o cenário como desafiador, ressaltando que a diplomacia é fundamental. Ele integra uma comitiva de senadores que viajou aos EUA para auxiliar nas negociações.

A estrutura das negociações envolve diálogos entre autoridades de escalões semelhantes. O Itamaraty coordena as relações e o vice-presidente Alckmin também é ministro do MDIC.

O MDIC busca contato com departamentos americanos, mas a ausência de um embaixador dos EUA dificulta as interações. O encarregado de negócios, Gabriel Escobar, atua como embaixador interino.

Governadores e senadores brasileiros tentam negociar paralelamente. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se reuniu com Escobar e busca diálogo com empresas locais.

Somente autoridades do governo federal podem firmar acordos comerciais. Mudanças nas tarifas exigiriam concordância entre os países do Mercosul.

Entre as propostas, o Brasil pode oferecer reduções de tarifas e abertura de mercados, porém, a questão dos processos judiciais contra Jair Bolsonaro está fora de discussão, pois envolve a soberania do país.

O Brasil pode tentar negociar isenções para produtos como café e suco de laranja, que são bastante demandados pelos EUA.

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