Mudança na lei das PPPs cria contratos por adesão, sem nova licitação
Mercado reage cautelosamente à proposta de concessão por adesão, destacando riscos de burla à legislação. O projeto de lei, que altera regras para PPPs, deverá ser votado na próxima semana pela Câmara dos Deputados.
Projeto de lei sobre concessões e PPPs enfrenta críticas no mercado.
Inovação de concessão por adesão permite que um município se junte à concessão de outro, sem licitação, se as condições forem semelhantes e houver estudo demonstrando vantagem.
Relatório do deputado Arnaldo Jardim inclui limites para adesão e é objeto de debates na Câmara dos Deputados.
A advogada Ivana Cota vê risco de falhas na prática, destacando a ausência de parâmetros para o novo sistema. Já Mauricio Portugal Ribeiro alerta sobre possíveis atividades irregulares, defendendo o respeito à Constituição.
Isadora Cohen acredita que o projeto traz estrutura necessária, mas reconhece a necessidade de justificativa para adesão. O texto pode ser objeto de cortes na Câmara devido à sua polêmica.
Fernando Gallacci ressalta que a proposta busca solucionar dificuldades na operação de projetos conjuntos entre municípios.
Além da concessão por adesão, o relatório aborda:
- Reajustes tarifários automáticos após 30 dias;
- Cobrança de tarifas para serviços públicos e modificações em regulamentações;
- Revogação de exigências anteriores para concessões;
- Compensações mais rápidas para concessionários.
O projeto está pronto para ser discutido no plenário e também inclui novas regras de julgamento e melhorias nas concessões multimodais.