Mourão nega ilegalidade em conversa com Bolsonaro antes de depor ao STF
Senador Hamilton Mourão defende sua ligação com Jair Bolsonaro antes do depoimento e nega irregularidades. Ele reafirma que não foi constrangido e que seu testemunho foi a expressão da verdade.
Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) negou, nesta quarta-feira (4), qualquer irregularidade ou ilegalidade na ligação recebida de Jair Bolsonaro (PL) antes de testemunhar na ação penal que investiga o ex-presidente por suposta participação em trama golpista.
Mourão, ex-vice-presidente, afirmou em nota que o contato foi feito para discutir seu depoimento, e não para influenciá-lo.
O relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e solicitou à Polícia Federal o depoimento de Mourão devido à ligação de Bolsonaro.
Ele explicou que o ex-presidente queria saber se ele concordaria em depor como testemunha de defesa, já que o ministro não expedirá intimações às testemunhas. Mourão enfatizou que em nenhum momento foi ameaçado ou constrangido por Bolsonaro.
Em seu depoimento, Mourão afirmou que Bolsonaro estava "pronto" para entregar a presidência a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que não participou de reunião sobre o documento conhecido como "minuta golpista".