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Motta: Não há “compromisso” do Congresso em aprovar alternativas ao IOF apresentadas

Congresso sinaliza falta de compromisso com medidas de arrecadação propostas pelo governo. Presidente da Câmara critica enfoque apenas na arrecadação e pede debate sobre gastos públicos.

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o Congresso não tem compromisso de aprovar a próxima medida provisória do governo, que busca alternativas de arrecadação ao aumento do IOF.

Motta ressaltou que, até agora, o Executivo não apresentou propostas fiscais estruturantes, e a medida será enviada apenas para evitar o aumento do contingenciamento, que atualmente está em R$ 30 bilhões.

A declaração foi feita em evento do jornal Valor Econômico, após reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), líderes partidários e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Na reunião, Haddad anunciou iniciativas para "recalibrar" o decreto do IOF, que teve um aumento no mês passado. Motta mencionou a intenção do governo de elevar a taxação de bets e fintechs, além de taxar títulos isentos, como LCIs e LCAs.

O presidente da Câmara também afirmou que o governo deve abrir um debate sobre cortes nas isenções fiscais, a ser feito por projeto de lei complementar ou proposta de emenda à Constituição.

Motta enfatizou a necessidade de discutir a revisão dos gastos públicos, indicando a urgência de abordar a reforma administrativa e a desvinculação de receitas.

Ele observou que há um esgotamento no país em relação a essas medidas e que a situação das despesas obrigatórias está crescente. Motta alertou que, independentemente do resultado das eleições presidenciais do próximo ano, o país pode enfrentar uma “situação de ingovernabilidade”.

O próximo governo, segundo ele, precisará implementar um choque nas despesas.

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