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Motta diz à oposição que derrubada de decreto do IOF será discutida com líderes na quinta (29)

Discussão sobre a derrubada do decreto do IOF ganha força na Câmara dos Deputados. Oposição e líderes partidários pressionam pela suspensão das alíquotas elevadas em resposta às críticas de empresários e parlamentares.

Hugo Motta, presidente da Câmara, anunciou que haverá uma reunião com líderes partidários na quinta-feira (29) para discutir a proposta que visa derrubar o decreto de Luiz Inácio Lula da Silva sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A proposta surge em um cenário onde havia dúvidas sobre a realização da reunião, permitindo que o governo negociasse a manutenção do decreto até a próxima semana, quando as atividades legislativas se concentrarão no Fórum Parlamentar dos Brics.

Partidos da oposição, como União Brasil e Republicanos, intensificaram a pressão pela derrubada do decreto. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, indicou que apresentará um projeto para suspender o aumento do IOF.

Aumentos impostos significativos são alvo de críticas. O líder do União Brasil, Pedro Lucas Fernandes, declarou que a bancada decidiu, por unanimidade, apoiar a derrubada do decreto, ressaltando a necessidade de limitar os impostos.

O governo argumenta que a manutenção do decreto é crucial para preservar cerca de R$ 12 bilhões em emendas parlamentares e uma expectativa de arrecadação de R$ 20,5 bilhões para alcançar a meta fiscal de déficit zero.

Após ampla crítica, o governo recuou parcialmente nas medidas. No entanto, não existe consenso sobre a derrubada do decreto entre as lideranças, e Motta se mostrou insatisfeito por não terem sido informados previamente sobre as ações.

Siete confederações que representam diversos setores empresariais também manifestaram apoio à derrubada do decreto, alegando que ele encarece o crédito e aumenta a carga tributária sobre empréstimos.

A Coalizão das Frentes Produtivas ressaltou que o uso frequente de decretos para alterar alíquotas do IOF provoca instabilidade no ambiente de negócios e gera insegurança para investimentos.

A questão é complexa, envolvida por muitos interesses, e a discussão na Câmara será crucial para o futuro das finanças no país.

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