Motta defende relator neutro para CPMI do INSS e marca reunião para decidir sobre decreto do IOF
Hugo Motta defende relatoria neutra na CPMI do INSS para evitar viés governista. O presidente da Câmara prometeu dialogar com a oposição em encontros regulares sobre pautas importantes.
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defende escolha de um relator "neutro" para a CPMI do INSS.
Ele argumenta que o responsável pela investigação não pode ser ligado ao governo ou à direita, garantindo liberdade para apurar os desvios em aposentadorias e pensões.
A leitura do requerimento para abertura da CPMI será feita em sessão do Congresso nesta terça-feira (17), com a instalação programada para o segundo semestre.
Motta indicará o relator e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), escolherá o presidente da CPMI.
O governo propõe que a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) assuma a relatoria e o senador Omar Aziz (PSD-AM) a presidência. Porém, a oposição considera esses nomes muito governistas.
O líder da oposição, deputado Luciano Zucco (PL-RS), afirma que é essencial garantir a independência nas funções.
Motta fez a defesa da relatoria neutra em um café da manhã com a oposição, prometendo encontrar o grupo semanal ou quinzenalmente.
Este encontro ocorre em um momento de tensão entre Motta e o governo Lula (PT), após a aprovação do requerimento de urgência para a suspensão do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), na noite de segunda-feira (16), com 346 votos a 97.
Embora ainda não tenha marcada uma data para a votação do decreto, Motta agendou uma reunião com líderes para quarta-feira (18).
Ele informou que as votações não ocorrerão esta semana ou na próxima, pois as sessões serão virtuais em razão das festas juninas. A possibilidade de pautar o texto a partir de 1º de julho está em discussão.
Motta também mencionou um projeto alternativo de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, mas sem previsão para protocolo oficial.