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Motta compara “tarifaço” de Trump ao 11 de Setembro e vê retorno ao “mercantilismo”

Deputado Hugo Motta critica tarifas dos EUA, comparando impacto a eventos do 11 de setembro. Ele alerta sobre consequências negativas para o Brasil e a possibilidade de uma guerra comercial prolongada.

Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, comparou o novo pacote tarifário dos EUA, durante a gestão de Donald Trump, aos atentados de 11 de setembro de 2001.

Ele afirmou que as tarifas, que vão de 10% a 49% sobre produtos importados de 185 países — incluindo uma taxa de 10% sobre o Brasil — representam uma mudança significativa na ordem global.

Para Motta, essas tarifas indicam um retrocesso ao bilateralismo e ao mercantilismo e alertou que, apesar das oportunidades para o Brasil na disputa entre China e EUA, o país deve ter cautela.

A resposta da China foi imediata, anunciando tarifas adicionais de 34% sobre produtos norte-americanos a partir de 10 de abril, elevando os temores de uma guerra comercial prolongada.

Os mercados já reagiram: as bolsas globais caíram, com Wall Street e o Ibovespa em queda acentuada, reflexo da aversão ao risco e à possibilidade de uma recessão global.

Apesar da aprovação da Lei da Reciprocidade pelo Congresso brasileiro, que permite contramedidas comerciais, o vice-presidente Geraldo Alckmin e diplomatas defendem que o diálogo deve prevalecer.

O governo Lula evita declarar uma guerra comercial, mas a posição de Motta pressiona o Planalto a adotar uma postura mais definida frente às ações dos EUA.

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