Morre Stanley Fischer, influente economista que atuou no Fed e no FMI
Stanley Fischer, ex-presidente do Banco de Israel e importante figura no cenário econômico global, faleceu aos 81 anos. Reconhecido por seu trabalho inovador e influência acadêmica, sua carreira abrangeu posições no Federal Reserve, FMI e Banco Mundial.
Stanley Fischer, ex-alto formulador de políticas do Federal Reserve e do Banco de Israel, faleceu aos 81 anos. Seu falecimento foi anunciado no último domingo (1º) pelo Banco de Israel.
Fischer, que foi vice-presidente do Fed e primeiro diretor-gerente adjunto do FMI, teve papel crucial nas crises asiática e russa dos anos 1990. Ele também atuou como economista-chefe do Banco Mundial.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, o homenageou como "um profissional de classe mundial, um homem de integridade". Fischer é notável por sua carreira acadêmica no MIT, onde supervisionou teses de figuras proeminentes como Mario Draghi e Ben Bernanke.
Nascido na Zâmbia na década de 1940, Fischer cresceu influenciado pelo colonialismo. Formou-se em economia na London School of Economics e após obter um PhD no MIT, destacou-se na escola Novo-Keynesiana.
Fischer ingressou no Banco Mundial em 1988, se tornou vice-presidente do Citigroup e, em 2005, assumiu o Banco de Israel, orientando o país durante a crise financeira global. Ele entrou no Fed em 2014, defendendo uma política mais rigorosa que a de Janet Yellen.
Após a ascensão do governo Trump, Fischer expressou preocupações sobre a reversão das regulamentações financeiras. Renunciou ao Fed no final de 2017, seis meses antes do previsto, por motivos pessoais.
Lawrence Summers e Olivier Blanchard reconheceram sua influência no cenário econômico mundial e sua contribuição como educador e ser humano.