Morgan Stanley reforça aposta no Brasil e alerta para avaliações ‘pouco atrativas’ no México
Morgan Stanley adota perspectiva cautelosa sobre a renda fixa e as moedas da América Latina, destacando riscos de volatilidade e a preferência por estratégias no Brasil. Apesar de um tom otimista para o médio prazo, analistas recomendam evitar novas posições em México e Chile devido a incertezas locais.
Morgan Stanley atualiza visão sobre renda fixa e moedas da América Latina, adotando tom cautelosamente otimista, mas alertando para obstáculos no curto prazo.
O banco favorece as taxas de juros no Brasil, mas considera que avaliações no México não são atrativas, recomendando evitar novas posições receptoras naquele país e no Chile.
Os analistas destacam que, no médio prazo, as eleições nos países podem favorecer reformas convencionais e o sucesso do T-MEC no México.
No curto prazo, uma fraqueza adicional do dólar poderia beneficiar as moedas latino-americanas, mas não proteger totalmente contra volatilidade local.
Morgan Stanley projeta episódios de fraqueza cambial até o fim do ano, seguidos de uma recuperação em 2026, apostando no enfraquecimento sustentado do dólar. Entre as moedas, o peso chileno se destaca como exceção.
O real brasileiro é visto como sensível à volatilidade eleitoral, enquanto o peso colombiano é o menos preferido, devido a fundamentos fracos.
Entre as recomendações, o banco sugere:
- Posição comprada em real contra peso colombiano.
- Posição vendida em USD/CLP, apostando na valorização do peso chileno.
O Brasil continua sendo o foco preferido para juros locais, com posições receptoras em contratos DI.
O banco reitera que o Banco Central brasileiro tem sido ágil na política monetária, mas não projeta taxa terminal abaixo de 10% sem uma recessão global.
O México enfrenta incertezas comerciais e falta de expansão econômica, com recuperação prevista apenas para 2026. O peso mexicano está se desvinculando de fatores locais, seguindo o apetite global por risco.
Por fim, o Morgan Stanley reafirma a preferência por juros no Brasil e a desaconselha a manutenção de posições receptoras no México e no Chile.