Moraes solta cacique Sererê, pivô de ataques à PF em 2022
Ministro do STF autoriza prisão domiciliar do cacique Serere devido a problemas de saúde. Decisão impõe restrições rigorosas e acompanhamento médico constante ao indígena.
Ministro do STF, Alexandre de Moraes, concedeu prisão domiciliar humanitária a José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Serere.
A prisão foi determinada em 24 de abril de 2025. Serere estava preso preventivamente desde 2022 após manifestações em frente à Polícia Federal.
A defesa argumentou que o cacique sofre de diabetes mellitus tipo 2, necessitando de acompanhamento médico constante. Um laudo médico indicou piora na saúde, afetando sua visão.
O pedido ressaltou que Serere está na posição 811 da fila de espera para atendimento oftalmológico no Paraná, evidenciando a falta de tratamento adequado na prisão.
Moraes considerou a situação excepcional e permitiu a soltura, com restrições:
- Uso de tornozeleira eletrônica;
- Proibição de uso de redes sociais;
- Proibido de se comunicar com outros envolvidos;
- Apenas visitas de familiares e advogados são permitidas;
- Autorização necessária para deslocamentos por saúde, com justificativa requerida em até 48 horas.
Cacique Serere havia saído da prisão em 2023, mas foi preso novamente após tentar fugir para a Argentina.
Ele, de 42 anos, foi preso após protestos violentos contra a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo Moraes, por convocação de pessoas armadas e ameaças a ministros do STF.
Serere é pastor, filiado ao Patriota, e foi candidato a prefeito de Campinápolis (MT) em 2020.