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Moraes reage à aplicação da Lei Magnitsky e diz que sanções são resultados de ações ‘covardes e traiçoeiras’

Moraes critica sanções dos EUA como covardia de aliados de Bolsonaro e reafirma seu compromisso com o Judiciário. O ministro também menciona a atuação de Eduardo Bolsonaro em ação de coação contra o STF e outros órgãos do governo.

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, criticou nesta sexta-feira (1º) as sanções dos EUA, considerando-as ações “covardes e traiçoeiras” de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ele afirmou que ignorará as punições e seguirá exercendo suas funções normalmente no tribunal. Durante a reabertura dos trabalhos do Judiciário, em Brasília, declarou: “O STF irá ignorar as sanções aplicadas.”

Moraes insinuou a participação do deputado Eduardo Bolsonaro na ação, mencionando que ele estaria fora do país como “foragido”. Ele também destacou a investigação em andamento no STF e afirmou que existem provas de condutas ilícitas atribuídas a Eduardo e seus aliados.

O ministro comparou as estratégias adotadas pelos aliados a métodos de milícias, citando ameaças a magistrados e suas famílias como tentativas de coação ao Judiciário e ao Congresso. Moraes denunciou ações contra os presidentes da Câmara e do Senado.

Ele descreveu essas condutas como caracteres de uma “organização criminosa miliciana” e confirmou que os núcleos da denúncia da PGR — político, militar, jurídico e operacional — serão julgados neste semestre, com a presença de Jair Bolsonaro entre os réus.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, manifestou apoio a Moraes, ressaltando a independência do tribunal. O ministro Gilmar Mendes também se posicionou, afirmando que as sanções são reflexo de pressões externas e que o STF não cederá a intimidações.

A sessão de reabertura contou com a presença da maioria dos ministros, exceto Kassio Nunes Marques e Dias Toffoli.

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