Moraes nomeia Defensoria Pública para atender Carla Zambelli
Ministro determina defesa da deputada pela Defensoria Pública após saída de advogados. Zambelli enfrenta prisão e bloqueio de bens após condenação por crimes relacionados à invasão de sistemas do CNJ.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nomeou a Defensoria Pública para defender a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) após a saída de seus advogados.
Na quarta-feira (4), Moraes determinou:
- Prisão de Zambelli
- Inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol
- Bloqueio de bens, contas bancárias e redes sociais
Zambelli, condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma do STF, anunciou ter deixado o Brasil e que pediria licença do mandato.
Após seu comunicado, o advogado Daniel Bialski renunciou à defesa alegando “motivos de foro íntimo”. Moraes oficializou a nomeação da Defensoria, considerando a renúncia de outros advogados.
A parlamentar afirmou que viajou ao exterior para tratamento médico, sem especificar a saúde, e denunciou uma “pressão judicial”, criticando ministros do STF.
Ela também mencionou Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se afastou do cargo devido à perseguição judicial e está nos EUA.
Em maio, Zambelli foi condenada por invasão aos sistemas do CNJ e por contratar o hacker Walter Delgatti para emitir um mandado de prisão falso contra Moraes. O julgamento de embargos de declaração está agendado para sexta-feira (6).
Além disso, o STF tem maioria para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento, em um caso de 2022 onde perseguiu um homem armado em São Paulo.