Moraes mantém prisão de Delgatti em ação que condenou hacker e Zambelli por invasão ao CNJ
Ministro reafirma a gravidade das ações do hacker e da deputada, enquanto Delgatti vê seu pedido de progressão negado. Zambelli permanece foragida, após ter sua prisão preventiva decretada pela justiça.
Alexandre de Moraes, ministro do STF, manteve a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti Neto, condenado a 8 anos e 3 meses por invasão de sistemas da Justiça brasileira.
A deputada federal Carla Zambelli também foi condenada a 10 anos de prisão e perdeu o mandato. Ambos foram sentenciados por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, após inserir documentos fraudulentos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), incluindo um falso mandado de prisão contra Moraes.
A decisão afirma que a prisão preventiva é válida devido à periculosidade social e à gravidade das condutas de Delgatti, representando risco à ordem pública.
A defesa do hacker pediu a progressão para o regime semiaberto, alegando que ele já cumpriu 20% da pena. Delgatti afirma ter sido "iludido" por Zambelli, considerada a "mentora intelectual" do plano. A defesa da deputada alega que Delgatti é um "mentiroso compulsivo".
Além das penas, ambos foram condenados a pagar R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos.
Zambelli está foragida na Itália e, após a condenação, pediu licença médica da Câmara, anunciando que não retornaria ao Brasil. Moraes decretou sua prisão preventiva e a inclusão do seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.