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Moraes manda governo Lula pedir extradição de Carla Zambelli: deputada pode ser deportada ao Brasil?

Ministro do STF pede extradição de Carla Zambelli após condenação à prisão. A deputada se encontra na Itália e alega proteger-se com sua cidadania italiana.

Alexandre de Moraes, ministro do STF, pediu ao Ministério da Justiça a extradição da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar deixou o Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão por invasão de sistemas do CNJ.

Zambelli alega que sua cidadania italiana a protege e que não será extraditada. Moraes determinou que ela comece a cumprir a pena de forma definitiva e, na quarta-feira, havia solicitado sua prisão preventiva.

O Ministério da Justiça ainda não recebeu o pedido formal do STF, que será encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores para posteriores ações na Itália.

Além disso, Moraes notificou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, sobre a perda de mandato de Zambelli. A Câmara não se pronunciou ainda sobre os próximos passos após essa notificação.

Zambelli teve a inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol solicitada por Moraes. Contudo, esta inclusão depende de decisão interna da organização.

Legislação Italiana: A Itália permite a extradição de seus cidadãos, ao contrário do Brasil. A solicitação brasileira pode ser viável com tratados internacionais.

Embora Zambelli afirme ter "blindagem" contra extradição, especialistas alertam que o processo não é simples e envolve considerações políticas e judiciais.

O caso é comparado ao de Henrique Pizolatto, que foi extraditado após ser condenado. Moraes já suspendeu o passaporte de Zambelli e bloqueou seus bens.

Condenação: A decisão sobre a extradição de Zambelli levará tempo e pode enfrentar diversos obstáculos, sendo necessário que o governo italiano decida pela entrega.

O advogado Vladimir Aras ressalta que a extradição não é automática e depende de vários fatores, incluindo a política do governo italiano.

Zambelli, acusada de invasão de sistemas informáticos, não se considera uma perseguição política. Enquanto isso, a situação envolvendo a Interpol continua sendo monitorada de perto.

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