Moraes intima ex-comandante militar do Planalto para depor em ação penal sobre tentativa de golpe
General Gustavo Henrique Dutra é intimado a depor sobre sua função antes e durante os eventos de 8 de Janeiro. A intimação ocorre após sua ausência em um depoimento e é considerada crucial para a investigação em andamento.
Ministro do STF intimou general Gustavo Henrique Dutra a depor na próxima segunda-feira (2).
Dutra é testemunha do ex-ministro da Justiça Anderson Torres na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado e já faltou a um depoimento anterior.
O advogado de Torres, Rafael Viana, argumentou que a intimação é necessária, pois Dutra é uma “figura relevante” para entender os acontecimentos ao redor do 8 de Janeiro.
Viana destacou que Dutra pode comprovar que, no dia 6 de janeiro de 2023, havia uma desmobilização nos acampamentos e que não havia indícios de vandalismo.
O pedido de intimação foi aceito pelo relator Alexandre de Moraes.
O Comando Militar do Planalto tem a missão de coordenar a guarda presidencial e proteger os interesses nacionais. Dutra ocupou essa função de abril de 2022 a março de 2023.
Além disso, Dutra ordenou o desmonte do acampamento golpista em frente ao Quartel-General, mas não notificou o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, que criticou a decisão, chamando-o de “irresponsável”.